Sanepar visita usina de reciclagem de entulho em Arapongas

Nesta terça-feira, 21 de fevereiro, o gerente de operações da SANEPAR esteve na única planta de reciclagem de resíduos da construção civil e demolição de Arapongas para conhecer os processos de recepção e triagem do entulho e a qualidade do agregado reciclado.

A usina Nova Obra, na antiga pedreira, recebe resíduos da construção civil de toda a cidade, triando os resíduos recicláveis e não recicláveis, destinando os rejeitos para o aterro sanitário municipal.

Segundo a administradora da usina, Lânia Piccini, a usina está preparada para receber 100% dos resíduos da construção civil e demolição (RCD) de Arapongas e até Apucarana, porém, atualmente a cidade conta com inúmeros locais ilegais de descarte de entulho, coadunando com a criação de criadouros do mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya, Febre Amarela, Zika Vírus entre outros.

O descarte irregular de entulho, além de enfeiar e desvalorizar a cidade, causa um prejuízo irreparável a cidade, uma vez que, a prefeitura remove o resíduo onerando o cidadão, pagador dos impostos.

Segundo dados da consultoria I&T de São Paulo, o custo com a remoção de descarte irregular de entulho fica em média R$ 80,00 o metro cúbico (1000 litros), sendo que os caminhões da prefeitura tem pelo menos 5 metros cúbico, ou seja, R$ 400,00 para cada ponto viciado.

Andrei Garcez, engenheiro de operações da SANEPAR, conheceu o agregado reciclado da usina e disse ter intenção em aplicar o material nas obras de construção e retificação da companhia na região norte do Paraná. Ainda, com a quantidade de usinas nas adjacências, será possível substituir o agregado natural, oriundo de pedreira e portos de areia, por agregado reciclado em toda a região de Londrina.

Levi Torres, coordenador da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição, organização que reúne usinas de reciclagem em todo o Brasil, afirma que o agregado reciclado confere a obra mais sustentabilidade, além de gerar economia expressivas no consumo de agregados.

O agregado reciclado, além de mais barato, é mais sustentável e poupa pedreiras da extração de pedras e rios da extração de areia. O compromisso social é outro ponto importante da gestão dos resíduos da construção, pois, uma usina como a de Arapongas gera em média 10 empregos diretos e impostos na locação de caçambas e venda do agregado reciclado.

O descarte irregular, considerado crime ambiental, sobrecarrega os serviços públicos e não recolhe taxas e emolumentos municipais, como o Imposto Sobre Serviços – ISS.

 

Abrecon em 21 de março de 2017

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