Reaproveitamento de entulho ainda no papel

Paralelo ao projeto de ampliação do Aterro Sanitário de Limeira, empresários, órgãos públicos e outras entidades discutem a reutilização de resíduos sólidos da construção civil na tentativa de definir uma lei municipal até dezembro deste ano. A proposta tem como base a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), instituída pela Lei Federal 12.305. Ainda não há prazo para que o processo ocorra em Limeira.

As reuniões são realizadas semanalmente desde janeiro por proprietários de empresas de remoção de entulho, Sincaf (Sindicato Patronal das Indústrias da Construção e Afins de Limeira) e representantes da prefeitura. Além desses, estiveram nos encontros membros da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), usinas de reciclagem, Crea (Conselho Regional de Engenharia) e Aeal (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Limeira).
Segundo o presidente do Sincaf, Mário Botion, a criação da lei pode ocorrer até dezembro deste ano. \”Um comitê gestor foi criado para tratar do assunto e a expectativa é de que até julho deste ano a minuta da lei já esteja pronta para que possa ser feita uma audiência pública\”, explica.
Em média, segundo a prefeitura, são descartadas no Aterro Sanitário 10 mil toneladas por mês de entulho proveniente da construção civil. Proprietário de uma empresa de remoção e que participa das reuniões semanais, Thiago Geremias avalia que o espaço deixaria de ser utilizado, caso o reaproveitamento desses resíduos ocorra. \”Temos discutido isso nas reuniões e é possível que isso aconteça com a criação do plano de resíduos sólidos\”, conta.
O coordenador do comitê, Tiago Giorgetti, diretor da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, aponta a necessidade de reduzir o entulho jogado no aterro com progressão até 2030. \”É preciso ter um plano de gestão de resíduos, que começa ainda no projeto de construção. O Poder Público entra para ajudar, mas a responsabilidade é de todos. É preciso uma mudança de cultura\”, conta.
Fonte: Jornal de Limeira | 20 de maio de 2015

AMPLIAÇÃO
A prefeitura avalia a ampliação da área do aterro específica para o entulho, chegando a 80 mil metros quadrados e com vida útil de cinco anos. O projeto está em análise, mas, mesmo assim, seguem as discussões sobre o reaproveitamento dos resíduos. Giorgetti afirma que a ampliação é necessária, já que o reaproveitamento de entulho é algo que pode levar tempo para ocorrer, apesar de, segundo ele, haver somente duas empresas que já reutilizam restos de construção. \”A ideia é que esses agentes privados tenham essa cultura. Precisamos reforçar o reaproveitamento\”, conta.

Sobre o autor
Compartilhe este post:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp