Projetos vitoriosos, distribuídos nas categorias Empresa, Órgão Público e Academia, advêm de quatro Estados
São Paulo, 1º de junho de 2011 – Na noite de ontem (31), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), e o Centro de Desenvolvimento do Varejo Responsável (CDVR), da Fundação Dom Cabral (FDC) divulgaram os sete vencedores do 2° Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade em uma solenidade especial, na sede da Fecomercio, com os 28 finalistas.
Abram Szajman, presidente da Fecomercio, exaltou a capilaridade da segunda edição do Prêmio devido aos mais de 300 projetos inscritos, de 19 Estados, das cinco regiões do Brasil. “Incentivamos integrantes da administração pública nos três níveis a incorporarem a questão ambiental na formulação das diferentes políticas públicas”, afirma. “Estimulamos a produção e a difusão do saber e do conhecimento teórico fundamentais para dar suporte às ações e práticas de sustentabilidade”, completa.
A premiação foi distribuída em três categorias, com algumas subcategorias: Empresa (Microempresa, Pequena/Média Empresa, Grande Empresa e Entidade Empresarial); Órgão Público e Academia (Professor e Estudante). O primeiro colocado de cada categoria/subcategoria recebeu como prêmio um título de previdência correspondente ao valor de R$ 15 mil.
A Vivo foi vencedora da categoria Grande Empresa, com o projeto “Conexão Belterra”. O trabalho edifica-se sobre três pilares: saúde, tecnologia e desenvolvimento sustentável, a fim de levar a comunicação móvel de terceira geração (3G), de serviço de voz e transmissão de dados de alta velocidade à população da Amazônia. “Antes de modelarmos o projeto, realizamos uma visita técnica a Belterra e comunidades vizinhas para assegurar que o trabalho da ONG parceira era realmente idôneo e eficiente”, conta Luis Fernando Guggenberger, consultor de Responsabilidade Social da Vivo.
Vencedor da categoria Pequena/Média Empresa, com o projeto “Reciclagem de Entulho”, a empresa paulista Estação Resgate Reciclagem e Engenharia atua no recebimento, acondicionamento, segregação, reciclagem e beneficiamento de insumos como brita, areia, rachão e pedriscos para beneficiamento e reutilização desse tipo de entulho que, transformado, pode voltar à cadeia produtiva do setor. “Nossa atuação mitiga os impactos socioambientais causados por esses segmentos e ainda aumenta a vida útil dos aterros, gera empregos e muda toda a cultura do setor”, explica Paula Carolina Favaretto Santos, gestora ambiental da empresa.
A Cooperativa dos Produtores de Artesanato de Seda (Copraseda), por meio do projeto “Artisans Brasil”, vencedora na categoria Microempresa, capacita profissionais no munícipio de Nova Esperança (PR) para a produção de cachecóis, lenços, bandanas e colares a partir dos fios de seda cultivados pelas próprias artesãs. “A maioria das pessoas não sabe que, hoje, o Brasil é o segundo maior exportador de fio de seda crua no mundo, atrás apenas da China”, revela o coordenador do projeto, João Berdu.
O Sindicato de Lavanderias e Similares do Município de São Paulo e Região (Sindilav) venceu na categoria Entidade Empresarial/Sindical com o projeto que estabeleceu o “Selo de Qualidade e Sustentabilidade” (SQS) para validar o desenvolvimento, a implementação e a qualidade dos processos do segmento, desde o consumo e reutilização da água e uso da energia até a contratação de pessoal e o descarte dos insumos utilizados nas lavanderias de todo o País. “Queríamos disponibilizar aos associados uma ferramenta de gestão única que atendesse aos padrões de mercado. Isso facilita nas negociações e fechamento de contratos”, explica José Carlos Larocca, presidente do Sindilav.
Vencedor na categoria Órgão Público, o “Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis”, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, insere critérios socioambientais nas compras e contratações de serviços do governo, por meio da padronização das especificações técnicas, principalmente na área de serviços terceirizados. “O mais surpreendente foi perceber que muitos órgãos e entidades já vinham praticando a sustentabilidade em suas compras e contratações. Porém, isso não vinha sendo reportado da forma adequada”, explica a idealizadora e responsável pela implementação do Programa, Denize Cavalcanti.
O mestre em Química da Universidade Federal de Mato Grosso, Marcio de Andrade Batista, venceu na categoria Academia/Professor com o projeto “Nativa Frutos” que prevê a criação de uma nova e atrativa fonte de renda para a região: o cultivo de forma sustentável e o aumento do seu valor agregado de frutos exóticos do cerrado brasileiro como baru, mangaba e tataruba. “Pelos levantamentos feitos, sabemos que o produtor rural pode ganhar duas vezes mais por hectare se cultivar os frutos ao invés de criar gado”, informa Batista.
O “Projeto Oikos – Reciclar e Preservar”, vencedora na categoria Academia/Aluno, é uma ação desenvolvida por alunos da Faculdade Antonio Meneghetti, do município de São João do Polêsine (RS), que busca por meio de um trabalho educativo propagar o hábito de separação e reciclagem do lixo gerado entre os moradores e comerciantes da região. “Depois que vi a apresentação do projeto na primeira semana acadêmica, percebi que aquilo poderia gerar frutos. Abraçamos a ideia e fizemos um projeto-piloto de reciclagem”, relata a aluna de Administração Bruna Dallepiane.
No site do 2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade você encontra mais informações : (www.fecomercio.com.br/sustentabilidade).
Sobre o prêmio
Em parceria com a Fundação Dom Cabral, o 2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade abordou o tema “Princípios do Varejo Responsável” e propôs um novo olhar sobre os desafios da sustentabilidade e suas implicações para o ambiente empresarial. Esses princípios foram formulados como resultado dos trabalhos de pesquisa e de validação de conteúdo realizados pelo Centro de Desenvolvimento do Varejo Responsável (CDVR) da Fundação Dom Cabral ao longo de 2008 e 2009.
O Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade surgiu em 2008 em comemoração aos 70 anos da Federação e da crescente discussão sobre sustentabilidade que ocorre em todo mundo. A entidade mantém o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e estimula a comunidade empresarial a abraçar essa causa, com o objetivo de construir uma sociedade mais justa.