Há aproximadamente quatro anos eu comento neste portal as agonias do empreendedor que atua no setor de resíduos da construção.
Nos cursos em que a Abrecon promove ao longo do ano, buscamos relacionar alguns problemas e inevitavelmente criamos um ciclo de debates intensos sobre as eventuais soluções.
Numa dessas noites rabiscando e estudando alguns esboços para o Encontro Nacional das Usinas de Reciclagem de RCD, eu consegui preencher uma folha A4 de problemas do setor de Resíduos da Construção e Demolição. Uma folha inteira de problemas relacionados às dificuldades em vender agregado reciclado e receber entulho. Isso significa não apenas dificuldade em receber e vender. Existe um diagnóstico muito claro ao se analisar essa situação.
Muito depende do empreendedor, incrivelmente, essa foi a minha conclusão.
O sucesso do negócio depende mais do empresário do que de fatores externo.
Pode até parecer piegas com aqueles tipos de “coach” que se disseminam por aí querendo construir uma imagem de referência em motivação. Mas de 100% dos problemas, mais da metade é de responsabilidade do empreendedor. Fato!
Como agora nós estamos numa situação mais confortável, do ponto de vista de informações, dados e referência na área, não faz nenhum sentido as usinas manterem suas estratégias retrógradas e sem embasamento técnico. O que eu quero dizer: redimensionar o equipamento de acordo com o mercado local.
Tá confuso? Quero aproveitar a oportunidade para te convidar para o Encontro Nacional das Usinas de Reciclagem de RCD. Vamos pensar juntos nas soluções para estancar a sangria do setor de RCD, seja potencializar as vendas ou receber mais entulho.
Por que as usinas de reciclagem não conseguem vender agregado reciclado? Por que as prefeituras são irresponsáveis na gestão dos resíduos da construção? Por que o setor se acostumou com soluções simplórias que não respondem a demanda do negócio?
